sábado, março 17, 2007

 
Até onde vai o cuidado com o deficiente? O mundo acha que somos eternas crianças que não sabem o que fazem. Hoje por exemplo: me sentir um idiota e uma criança perante aos meus colegas. Hoje levaram batida para meu ônibus de ir para a faculdade. Eu disse que queria. A moça que a fez disse que eu deveria beber na volta porque iria ter aula. Até aí tudo bem. Quando voltamos eu pedi para as minhas colegas para me darem. Aí começou a discussão. Disseram que eu não podia beber que eu tomava remédio. Neguei, que realmente não faz uso de remédio algum, mas não acreditaram. Fiz uso apenas de florais, que é um remédio totalmente natural, por apenas 5 meses. Aí minha outra colega disse: você está na nossa responsabilidade. Um pouco mais de discussão e finalmente cederam e me deram um pouco de batida. Só que não rendeu nada, porque quebrei o copo e sobrou só um pouco. Temi pedir mais, porque estava boa. O meu medo foi começar a discussão.

Agora me pergunto: mesmo o deficiente tendo 20, 30 anos, ele não é capaz de se responsabilizar? Isso me magoou.

Comments:
Olha, eu acho que a ajuda dos outros sempre é bem vinda quando se tem qualquer tipo de deficiência, mas quando essa ajuda passa a ser obrigatória, a pessoa se sente "presa" à outras pessoas.

Ótimo blog, já favoritei. =)
 
talvez pelo fato de você ser capaz de quebrar o copo é que não queriam lhe oferecer. (porque a impreção que tive é que você se ofereceu a ganhar um pouco). Não acha que também deve saber das sua dificuldade? um copo quebrado é um perigo. Para todos, sem destinção de idade, condição física, cor... Pense nisso. Pense no que os outros podem pensar da suas ações também. TODOS devem fazer isso. O lado triste é que acabam cobrando mais daqueles que são diferentes ao dito "padrõ de normalidade".
 
ñ. vc enfatizou o errado. o copo era descartável. eles temiam de eu fazer uso de remédio e ñ faço.
 
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